sábado, 11 de outubro de 2008

resquícios




O amor primeiro, aquele entre pai e filhos, vai determinar nossa expectativa de todos os amores que teremos. Nossa vivência inicial vai marcar muitas de nossas existências futuras.
Todo amor tem ou é crise, todo amor exige paciência, bom-humor, tolerância e firmeza em doses sempre incertas. Não há receita nem escolas para ensinar a amar. Amar é impor e aceitar limites.

"Sempre senti que minha mãe não sabia o que fazer comigo."
"Nunca entendi o que realmente meu pai queria de mim, eu sempre um estranho."

Esse grupo familiar que não escolhemos e nos define tanto pode ser um ponto confiável de onde partimos e ao qual podemos retornar, ainda que em pensamento. Aquele lugar.. que será sempre meu lugar, mesmo que eu já não viva mais nele.
Não podemos alterar o passado. Mas podemos alterar nossa postura em relação a tudo isso.
Posso me libertar. Posso me reprogramar para discernir neste momento, o que é melhor para mim.

Atrás e a frente de cada casal humano estende-se uma longa cadeia de erros e acertos geradores de humanidade.

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